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quinta-feira, março 08, 2007

Babel

A violência incomoda-me.
A injustiça incomoda-me profundamente.

Ontem fui ao cinema.
Já não ia ao cinema desde que o meu filho nasceu...Custa a acreditar!
Fui ver Babel. Tentarei na proxima semana ver Scoop. Voltar ao grande ecran. Às emoções em grande formato.
Gostei muito da banda sonora do filme.
Teria gostado de sair do cinema com a sensação de leveza. Mas essa não deve ter sido a ideia do realizador.
Não vou aqui fazer uma crítica cinéfila. Essa não sou eu.
Há muito que deixei de questionar porque gosto. Gosto, apenas!
E gostei dos avanços e recuos no tempo da história. Gostei dos silêncios. Gostei dos contrastes das paisagens. Gostei da imagem desfocada, quando a alma estava também ela desfocada. Gostei da dor, do sofrimento ansioso e aflito e da estupidez dos acasos.
Reparei que no fim, quase tudo fica bem. Reparei que aqueles que antes estavam bem na vida, ficam melhor. E os que já tinham pouco, passaram a ter menos. Bom retrato da vida, não?
Deixou-me o pensamento e o corpo em ebulição (eu funciono por inteiro!). Impediu-me de adormecer. (Devia ter-me perdido na noite...) Fez-me até esquecer que hoje, por ser dia da mulher, tenho o privilegio de não trabalhar de tarde!

2 Comments:

  • At 12:33 da tarde, Blogger Lilith said…

    Bom retrato da realidade: quem está bem, fica melhor; quem está mal, fica com menos ainda!

     
  • At 1:08 da tarde, Blogger Maria Eduarda Colares said…

    Os bons filmes têm esse privilégio que é o de mexer connosco, bem no fundo, e não nos deixar dormir. Quanto a este, coisa estranha, a crítica odiou e o público adorou. Haverá divórcio entre o público e a crítica?

     

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